Existem momentos em que a vida nos pede para tomar uma decisão importante. Nem sempre isso é possível de imediato. Existem os afazeres que nos aprisionam, as responsabilidade, a consciência e etc. Então fazemos uma retirada virtual. Enquanto esperamos o momento certo para tomar a decisão mais correta. Deixamos uma parte de nós, protegida e parada no tempo, e a outra vivendo “normalmente”.
Quando dormimos, nossos corpos ficam em repouso e nossas almas vivem tudo o que o sono pode nos proporcionar: Sonhamos. Na retirada virtual acontece o contrário, o nosso corpo continua fazendo as rotinas da vida e a nossa alma fica parada no tempo esperando a melhor hora para despertar.
Certa vez, uma pessoa fugia do estresse fazendo mergulho submarino e quando voltou à tona, o local onde ela estava havia sido destruído por uma Tsunami. Essa pessoa saiu e voltou de um contexto no momento certo. No pequeno intervalo entre o mergulho e a emersão, o mundo havia se modificado de forma significante. Isso também pode acontecer em uma retirada virtual. Ao retornar com a opção feita, talvez o tempo tenha passado rapidamente.
Se por exemplo, a retirada virtual foi para decidir a aceitação de um grande e impossível amor, ao retornar da retirada virtual pode-se perceber que aquele amor continua impossível, muitas vezes por outros motivos, talvez até por não mais existir, por não ter tido o dom da paciência. Não soube esperar.
Pode ser também que o momento certo passou.
(Gilnea Rangel)
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