Somos todos Poeira de Estrelas

"... à exceção do hidrogênio, todos os átomos que compõem cada um de nós - o ferro no sangue, o cálcio nos ossos, o carbono no cérebro - foram fabricados em estrelas vermelhas gigantes a milhares de anos-luz no espaço e a bilhões de anos no tempo. Somos feitos, como gosto de dizer, de matéria estelar."
(Carl Sagan)


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Distância e saudade

                      
Mudanças são frequentes na nossa existência e algumas implicam no nosso afastamento de pessoas queridas... Amigos, amigas, amores... Parentes ou não.
Com quantas pessoas compartilhamos nossas emoções ao longo do tempo? Quantas delas ainda estão próximas o suficiente para nos permitir lhes dar um abraço.
Não raramente, pensamos nessas pessoas e em tudo o que convivemos com elas, em uma determinada época. Ás vezes como lembrança, nós temos apenas uma imagem agradável e intrigante, mas não lembramos em que cenário ela atuou e que papel representou em nossas vidas.
Em devaneio eu vejo a vida como um mar onde nós somos flores flutuando à mercê dos ventos, das correntes ou da influência da lua, afastando-nos umas das outras e deixando no ar, atraentes fragrâncias que eu chamo de saudade.
No mar também existem mudanças do tempo e sempre há a possibilidade de novos encontros e de reencontros. E a cada instante nós aprendemos a dar mais importância aos nossos afetos e para sempre guardamos nos nossos corações o perfume chamado saudade.
Atualmente com o auxílio da internet, ninguém está tão longe que não possa receber abraços e beijos virtuais.
A todos vocês que estão distantes do meu olhar, meus eternos amores, eu ofereço abraços e muitos beijos.

Gilnea Rangel                                                                                           
                               

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A vida tem dessas coisas

   

Qualquer um de nós pode em algum momento da vida se encontrar em uma situação no mínimo desconcertante, como quando ingressamos em um grupo, familiar ou profissional, através de namoros, noivados, casamentos ou concursos e a princípio somos muito bem recebidos e depois de um pequeno tempo notamos mudanças negativas no tratamento a nós dispensado. Por exemplo, as nossas colocações antes consideradas inteligentes passam a ser ignoradas; nossas piadas que antes motivavam risadas se tornam sem graça; nossos comentários passam a ser mal interpretados, sendo repassados com novas versões; defeitos que antes não eram vistos são realçados e até nossos menores erros, se existirem, são alardeados. Havendo ainda a possibilidade de ouvirmos: A chefe vai gostar mais de você do que de mim.
Tudo isto sendo indícios de um processo de rejeição que poderá começar por uma pessoa e depois continuar por mais outra e assim vai.
Provavelmente procuraremos saber o que está acontecendo e aonde é que estamos errando. Propensos a nos modificarmos para uma melhor adaptação.
Muitas vezes o problema está unicamente nos componentes do grupo, que antes da nossa chegada já estavam inseguros e em conflito, lutando um contra o outro por carinho, amizade. amor, atenção, benefícios, regalias, promoção, status ou liderança. Com a chegada de um novo membro o grupo se sentindo ameaçado começa um processo de exclusão. 
A rejeição será mais acirrada se o novato for inteligente, carismático, competente e produtivo.
O comportamento hostil poderá ser explicito ou pior, dissimulado.
Em um grupo profissional, o membro que era visto como o mais inteligente poderá pensar: Eu sou o mais inteligente e agora chega este novato que está sendo considerado mais inteligente do que eu.  
Sendo o grupo familiar um ou outro poderá pensar: Eu já não recebia carinho e agora com a chegada de mais um, as minhas chances de ser amado diminuirão. De uma maneira ou de outra farão observações depreciativas com o intuito de interferir nas opiniões que serão feitas sobre o novato.
Em alguns casos com o passar do tempo, o grupo poderá aceitar o novo membro e haverá uma convivência amigável.
Quando a chegada da pessoa no grupo significa para ela a realização de um sonho e sendo ela de paz e de bom caráter, ela se verá em um pesadelo e custará a entender o porquê daquela reação, mas com certeza algum amigo lhe dirá: A vida tem dessas coisas. Aguenta firme, o tempo trará a solução.
Não há uma maneira ideal para uma pessoa enfrentar uma situação dessas, cada um agirá intuitivamente avaliando a importância que dá à permanência neste grupo.


Gilnea Rangel

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Viajando - Medo de viajar de avião

A partir de um determinado momento na minha vida, eu me conscientizei que tinha medo de viajar de avião, mesmo sem nunca ter entrado em um.
Nunca me imaginei em uma agência de viagem, comprando uma passagem de avião.
Na empresa onde eu trabalhava, alguns trabalhos exigiam viagens na sua execução. Sempre que surgia um trabalho destes, a maioria dos empregados entrava em uma disputa velada, ansiosos para viajar, principalmente, porque se houvesse uma boa administração da verba para viagens, ainda sobrava um troquinho. Eu, porém torcia para não ser escolhida. Até que chegou o dia que tive que viajar. E lá estava eu no aeroporto, ansiosa e com o meu medo, pronta para a minha primeira viagem. Eu olhava no espelho e via a minha cara de sempre, mas internamente eu me sentia como um vulcão que entraria em erupção em segundos.
Levava na bolsa um estoque de chicletes, lembrava de recomendações dos amigos, como: Beba Whisque, reze e etc. Um amigo meu me contou que certa vez por não ter chicletes mastigou guardanapos.
Eu pensava que quando entrasse no avião eu explodiria. E como seria? Não Havia a possibilidade de mandar o piloto parar para eu descer; não poderia pular; Nada eu poderia fazer. Às vezes imaginava a aeromoça anunciando: Atenção senhores passageiros. Apertem seus cintos, pois teremos que retornar ao aeroporto, pois a passageira Gilnea está prestes a explodir.
Porém ao entrar no avião, após o sorriso de boas vindas da tripulação o meu medo ficava contido, talvez porque em mim não houvesse mais espaço para ele se expandir. E lá estava eu tensa e em clima de decolagem. Em voo evitava movimentar meu corpo, mastigava chicletes incessantemente e o ouvido não parava de incomodar. Eu ficava muito sensível aos ruídos do avião. Tentava identificar cada barulhinho. Pensava: Será que a turbina está parando?  Creio que se um mecânico estivesse sentado ao meu lado, poderia me dizer: Este é o barulho da descarga do sanitário.  
Finalmente o auge da viagem a aterrissagem...
Todas as vezes que eu viajei eu tive praticamente as mesmas sensações e quando o avião aterrissava e eu saia, sentia um prazer enorme pela felicidade, de ter vencido um desafio, de ter superado meu medo e de ter quando possível dado uma olhadinha pela janela e visto paisagens maravilhosas.
Incoerentemente depois de algumas viagens comecei a ter um sonho de levar as minhas filhas em uma viagem aérea comigo. Como fazer? Então certo dia eu tive que ir a uma  linda cidade brasileira. Levaria as minhas filhas. Óbvio, decidi ir de ônibus e pensei em escolher o melhor serviço de viação. Queria um bom ônibus, confortável e etc. Porém lá me informaram que era um período de muita procura e que até haviam colocado veículos extras e eu não teria escolha. Comprei as passagens.
Quando vi o ônibus já notei que em nada se parecia com o que eu queria. Foi a pior viagem que já fiz. O ônibus era muito desconfortável e a estrada estava horrível. Havia trechos onde passava apenas um veículo por vez, e outros em que não passava veículo nenhum e o ônibus tinha que passar pelo matinho.  Quando pensei que já havia sofrido todos os infortúnios, o motorista anunciou que o pneu furou. Pelas minhas lembranças, foram quatro horas de atraso ou mais.
Pensei: de ônibus eu não voltarei.  Fizemos tudo o que tivemos que fazer na cidade, passeamos e fui por livre e espontânea vontade comprar três passagens de avião.
Então lá estava eu mais uma vez, no aeroporto, porém acompanhada pelas minhas filhas e como sempre pelo meu medo. Só que desta vez decidi que não demonstraria este medo para não influenciar as meninas.
Decolagem e voo. Tudo normal. Em um dado momento a minha filha mais nova me avisou que estava saindo fogo da asa do avião e eu calmamente disse: Que nada filha é só uma luzinha piscando e felizmente era.
O telão exibia um filme que não lembro o nome e de repente, sem aviso da tripulação o avião caiu em um buraco no nada e após alguns instantes de queda livre, quicou também em outro tipo de nada e saiu voando normalmente. Umas jovens que estavam sentadas próximas a nós e bebiam whisque gritaram alegremente: Iahuuuuuuuuu!
Eu totalmente paralisada, mas com a fisionomia tranquila pensava: e se acontecer outro Iahuuuuuuuuuuu! Relaxei, pois nada tinha a fazer.
Aterrissamos e a mesma sensação de felicidade agora incrementada com a satisfação da realização do sonho de levar minhas filhas em uma viagem de avião.
“O avião, juntamente com o elevador é o meio de transportes mais seguro que existe".
“Acontecem mais desastres com carros do que com aviões".
“O medo está presente na vida de todas as pessoas e as impede de atitudes impensadas". Sem exageros.
E hoje, o meu medo? Continua o mesmo.
Será que se eu viajar em aeronaves da Emirates, da Etihad ou da Singapur Airlanes  eu terei medo ou será que direi: Dane-se, se cair caiu. Eu vou é aproveitar?
Abaixo: arquivo com aeronaves luxuosas e confortáveis presente da minha amiga Isa.



Gilnea Rangel

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Parabéns Lindinha!


♪♫...Ela vale mais para mim que o céu, que a terra, que o mar...♪♫


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